18/03/21
Entre as aberturas da parede que foram riscadas pelo seu próprio grito, a princesa do passado hoje abraça o presente de uma forma tão reluzente que a faz sorrir, finalmente pode compreender esse encontro o qual por decadas se questionava de onde vinha aquele eco pelo infinito. Tantas vezes em seu calabouço espiava um futuro incerto pelo receio de estar entrando em parafuso, sendo que no final era apenas um fragmento de seu futuro tão bonito aonde a liberdade gritava por seus poros afim de lhe mostrar que conseguiria passar por tudo aquilo afinal. Foram tantos enigmas em sua infância que parecia não ter fim, e hoje olhando para trás ela pode ver a poesia gritar por seu âmago delicadamente em uma mente tão complexa que se torna perplexa ao se encarar de fato, mas que voa longe de si mesmo por ser tudo e ser o todo junto com o que há de ser e o que sempre foi. O tempo é a mesma coisa que o espaço e nada mais se pode de fato compreender pois tudo deve ser sentido, uma vez que o sentido é dado pela falta de sentido no nexo desnexo de uma estrela a pulsar a melodia eterna do amor através de sua eternidade. E por mais que estrelas morram no geral, nada se perde no final, tudo se transforma, então tudo que é real ecoa pela eternidade do que se é simplesmente por não temer o que se foi, afinal viver em veracidade é o que faz valer a pena cada segundo em que aqui estamos.
Que venha a festa da coroação. Um brinde a vida. Um brinde a um beijo verdadeiro, e a todos os corações que pulsam em esperança pelos sonhos eternos de criança.
Open your eyes and see. See you, see me.
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