.

Yeshua

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Tanta coisa que coisa alguma acaba acontecendo. Judy torna-se estático diante daquele portal enorme que encontrou, porem o medo de encontrar algo ruim o impediu de abri-lo de tal forma que ele sequer notou o fato de tê-lo encontrado no meio de floresta.
Estava escondido, em baixo daquelas arvores frondosas e pomposas, mas ainda sim era real. As vezes tornava-se quase impossível distinguir a realidade em sua mente- por conta de suas ilusões serem tão fortes que tornavam-se reais só de pensar [ e se formos pensar existe sentido nisso. Pois quando dormimos nem sempre sabemos quando estamos sonhando ou estamos acordados. Sabemos que é absurdo, mas ainda sim é normal em nossa mente. E como saber se não estamos em outro mundo? Como saber se os sonhos n]ao são um pulo para outra realidade?].

Seus passos tornaram-se tão pesados como a imagem daquela frondosa passagem de aço, parecendo impedi-lo de andar, como se houvessem raízes o puxando para o chão afim de torna-lo estático.

Tirou de seu bolso um papel amassado, com as letras todas borradas. Leu e respirou fundo.
Seu olhar mudou e com ele seu mundo e em um segundo todo seu corpo respondeu.
A decisão foi tomada.

O papel estava borrado por suas lágrimas, e amassado por ter expresso naquele pequeno pedaço toda sua fúria, todo seu ódio....todo o seu amor. Aquele pequeno pedaço era tudo que ele mais acreditava. E isso que o impulsionou a acreditar.


Naquele as letras pareciam gritar e o rosto de quem ele mais amava parecia falar com ele... e a vontade de poder mudar tudo, poder consertar seu maior erro.



Colocou a mão na imensa maçaneta me ferro retorcido.
"-Susy"- mencionou.
Ele respirou fundo mais uma vez.

E então ele abriu a porta. 
Não são pessoas, são os atos. Os atores, os autos, os autores... passam, mas os atos que marcam. Os atos decifram o enigma, e desencadeiam o drama.




Você nasce e aprende a captar os gritos que ninguém consegue, não por necessidade mas por simplesmente ser assim- e ver aquilo que poucos vêem...- 
Então você se surpreende com o mundo e o tamanho das coisas pequenas, fica totalmente encantado. Mas do mesmo modo que coisas pequenas te surpreende, coisas pequenas te ferem.E todas as coisas de coisas acabam tornando-se um entulho enorme dentro de você.

Você cresce, e vira um ótimo caçador, um ótimo ouvinte e da mesma forma acredita que existem outros que são assim. Você cai, você se quebra. E então grita, mas ninguém compreende o tamanho que as coisas pequenas são grandes para você [ assim como uma gota de chuva e toda magnitude que ela traz consigo por ser chuva]. Você se vê sozinho, embora esteja rodeado de pessoas.

Então você cai, cai, cai, cai, cai. e grita, grita, grita, grita. Alguns ouvem, mas acham ser exagero e "relevam" seu grito, julgando-o de forma discrepante...sem compreender que você apenas queria conforto, se sentir em casa.

Você morre. E entende o silêncio. O quanto ele é mortal, mas o quanto ele é poderoso. E aprende a renascer através dele. E tranca seu jardim secreto.

Nem tudo é o que parece. Nem sempre se chega a fundo em uma pessoa de forma tão simples. A maioria das vezes por mais confiança que se tenha em alguém, ainda sim é difícil acreditar que quando você entregar uma cópia dessa chave essa chave não será jogada no rio e você mais uma vez se sinta traído.

As vezes somos duros, esperamos demais, fingimos não nos importar para que não quebremos mais do que já estamos quebrados.

...mas no fundo, bem la no fundo daquele jardim secreto apenas esperamos aqueles que apesar dos pesares jamais irão rir das flores estranhamente azuis que nasceram do mais infinito de nós. No fundo.... apenas esperamos. Não por necessidade, mas por simplesmente ser assim.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Diga-me o que outrora nunca compreendeu. Hoje sua contradição é sua afirmação e justamente aquela que sustenta a fundação de sua moradia. Laços vão tornando-se lapsos de memórias. Os pedaços vão se recriando ao passo que vão desvendando o antigo e inimiginando a potencialidade do novo. O novo assusta como andar em um temporal. Porém é no temporal que podemos lavar a alma e tirar toda a lama estática de nossos olhos. No final as coisas vão apenas se recriando para viver em sua potencialidade no Agora. Então descobre-se que nunca teve um final pois tudo é sempre o começo. E então o sorriso. E então a vida!