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Yeshua

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Uma cor sutil de fundo baseado no branco escorrega pela tela da vida dando um fundo que pode parecer bobagem, mas é essencial para que todo o resto da obra de arte seja despejado ali. Ele é a proteção contra a falta de cor e a base para a construção de algo maior, mas as vezes julgamos tolice, mera frescura e assim perpetuamos seguindo com nossas cores sem ver a magnitude que possamos alcançar ao fazer as coisas de uma maneira real e de coração. De dentro de nós provém as cores mais doces e mais sombrias, afinal de contas somos nossos piores inimigos pois sabemos todos nossos pontos fracos e nossos piores pecados, mas ao mesmo tempo temos a magia de coisas que ninguém tem. Cada um pincela com a sua cor, sua essência, sua alma e assim os quadros tornam-se distintos. Os erros fazem predonominar o acerto depois, e assim transformando aquilo que achamos a escolha errada na profundidade que deixa o quadro mais enigmático e belo. A beleza provém de um dia chuvoso, que destroi muitos muros, para depois entender que era preciso que eles caissem para nos encontrarmos realmente.
De forma aleatória as pinceladas são dadas entre lágrimas, sangue e sorrisos, entre o Sol lindo que brilha, as estrelas que abraçam e as entre linhas que nos entendem, ali vai sendo pincelado a história, nossa estória, que é real e que para quem não compreende parece mero cubismo ou pode ser comparado meramente a uma poesia dadaista sem entender que existe além de tudo, existe arte, poesia e realidade de olhos que brilham todas vezes que chovem afim de encontrar esperança neles mesmos.
Somos o milagre mais belo que existe.Somos humanos.
E assim vamos perpetuando os dias, as pinceladas, os erros... para tornar nossa passagem no mínimo eterna, no mínimo a coisa mais linda que existiu.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Delicadamente Alice pega seu pequeno livro e começa a escrever pequenos desejos, impulsos de uma adolescencia banhada na imaginação árdua de um dia conseguir entender a síntese das pessoas de forma real e assim acabar devendando sua própria essência, que sempre lhe trouxe tanto impulso assim como uma confusão remota. Avassaladora e voraz, as palavras saiam como rajadas de ventos vendados, sem rumo, mas com um único motivo que somente ela sabia. Algum dia iria compreender.
Alice cresce e raga seu diário. joga seus pedaços ao vento fazendo do funeral algo mágico da mesma forma que se é quando assopramos aquelas pequenas plantas que se espalham pelos pensamentos, mas o que Alice não sabia é que o vento, com o tempo, traria pequeninos pedaços de seu diário de vez em quando.
Seria o aprisionamento? No fundo não, é a vida que sempre dá voltas, mas nunca para no mesmo lugar porque ao crescermos nosso olhar muda e isso basta pra mudar o posicionamento perante uma mesma dificuldade.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011


De tempos em temos o cometa passa pela Terra mostrando um espetáculo maravilhoso. Ele passa rápido, deixa todos encantados e depois se vai para voltar alguma vez novamente.Talves assim seja o amor afinal, algo que vem periodicamente te fascina e se vai para depois voltar algum dia novamente e encantar. Então vive-se na anciedade de poder reconhece-lo. Fotografa-lo. Vivê-lo. E então ele se vai.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

"Com o tempo você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquele alguém que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente não é o "alguém" da sua vida. Você aprende a cuidar de você, a gostar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você. O segredo é não correr atrás das borboletas...é cuidar do jardim para que elas venham até você. No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você."

domingo, 2 de janeiro de 2011

“A arte deve antes de tudo e primeiramente embelezar a vida, portanto, fazer com que nós próprios nos tornemos suportáveis e, se possível, agradáveis uns aos outros: com essa tarefa em vista, ela nos modera e nos refreia, cria formas de trato, impõe aos indivíduos leis do decoro, do asseio, de cortesia, de falar e calar no momento oportuno. A arte deve, além disso, ocultar ou reinterpretar tudo o que é feio, aquele lado penoso, apavorante, repugnante que, a despeito de todo esforço, irrompe sempre de novo, de acordo com o que é próprio à natureza humana: deve proceder desse modo especialmente em vista das paixões e das dores e angústias da alma e, no inevitável e irremediavelmente feio, fazer transparecer o significativo. Depois dessa grande, e mesmo gigantesca tarefa da arte, a assim chamada arte propriamente, a das obras de arte, é um apêndice. Um homem que sente em si um excedente de tais forças para embelezar, esconder e reinterpretar procurará, por último, descarregar-se desse excedente também em obras de arte (...) – Mas, normalmente, começam a arte pelo fim, penduram-se à sua cauda e pensam que a arte das obras de arte é a arte propriamente dita, que a partir dela a vida deve ser melhorada e transformada – tolos de nós! Se começamos a refeição pela sobremesa e degustamos doces e mais doces, o que é de admirar, corrompemos o estômago e mesmo o apetite para a boa, forte, nutritiva refeição a que nos convida a arte!”
- F. Nietzsche. Humano, demasiado humano, Miscelânea de opiniões e sentenças
Mudança, acho que essa é a palavra da vez pra mim também. é entre trancos e barrancos que vamos desvendando outras coisas sobre nós e sobre tudo que nos cerca e no final das contas nos encontramos cada vez mais enquanto perdemos outras coisas as quais achamos que jamais fossemos perder por serem eternas. algumas até são mas outras jamais foram nada no final das contas. é no processo de reciclagem que vamos seguinto em trancos e barrancos desvendando aquilo que poucos tem coragem, que trata-se de nossa aceitação suprema e encontro verdadeiro. No final tudo que é sempre vale a pena !