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Yeshua

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Meu encanto prossegue aonde jaz meu canto. E em meu mundo todo ecoa o grito de uma liberdade adjacente.O pulo significa morte. Mas no fundo eu sabia que de certa forma era preciso pular para encara-la.
 Muitas vezes não sabemos que frequência as coisas estão, apenas sabemos que elas estão. As oportunidades são pássaros raros que voam rápido para buscar mais pedaços para seus ninhos. E como um pássaro eu resolvi voar.
Pulei. Morri. Voei. Vi.

E então novamente compreendi a magnitude das escolher. Entre os dedos calados um grito perpetua pela margem de um rio solto de emoções. Hoje sou e nada calará meu grito mediante a isso.
Meu inverno é meu pensamento, e o mar minhas emoções. O calor do Deserto havia me cegado mais uma vez e mil miragens fiz de mim nas areias, afim de me moldar de uma forma que me confortasse mais. Menina de areia. Mulher que brinca. Mulher que vira menina e menina que vira mulher. E enfim os papeis tinham se trocado e eu sequer havia me dado conta.  E quando dei por mim eu havia virado quase tudo aquilo que eu mais odiava.

No salto ela morreu, mas Ela voou.
E eu estava em casa novamente.
Deitei-me sob o céu estrelado. E o sopro do vento - este que sempre me trouxe tanta vida- me saudava com um sorriso lindo, embriagando-me mais uma vez e percorrendo cada pedaço de meu corpo.

No final Ela que sou eu e eu que sou Ela nos encontramos novamente enquanto ela, a menina, voltou a se tornar apenas um rastro de areia da janela passada.

sábado, 19 de janeiro de 2013

E então a luz.
E Descobri que não preciso ser iluminada pelas estrelas ao meu redor, mas que a pequena luz que realmente preciso está dentro de mim.Sem reparar sempre foi a que me aqueceu- mesmo que de forma fraca, por negar tal existência...- no inverno rigoroso. Hoje estou feliz como nunca estive outrora. Não porque tenho amigos, não porque aconteceu algo em especial.. minha vida continua a mesma de trabalho-casa e as vezes diversão. Mas porque tenho aprendido a arte em me descobrir sem ter medo :)
 

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Na chuva as coisas se decifram e do mesmo modo elas se devoram. E me devoram junto de cada gota que cai, e tornam-me parte dessa sinfonia.
Creio que no fundo todas as vezes que o céu chora, uma parte de mim renasce com ele, como se fosse um pedido de desculpas a mim mesma por não olhar para dentro. A chuva tras à tona o melhor de mim que os dias de trabalho árduo ocultaram nesse período de seca.
Meus labios sequer sabiam mais a respeito do sabor das gotas de libertade e criação assim como minha pele não tinha mais sensibilidade por conta das crateras que se abriram em nome de todo esse deserto.
Antes fosse um Oasis, mas no fundo apenas sobrevivi em nome de uma miragem que gritava em meu espelho e que não chegava nem perto do que eu realmente havia me tornado.
Abdicar de tudo em nome de algo sem amor. Será que esse era o caminho menos doloroso afinal? ou é mais doloroso acordar e ver que você não era nada do que conhecia? e que no fundo na verdade nunca se conheceu realmente por conta da postura crítica em relação a si  mesma?
Punir-se pelos outros não irá libertar as chagas, apenas afaga-las e torna-las cada vez mais profundas, pois do mesmo modo que absorve-se o problema alheio, torna-se totalmente dependente de seus medos, seus elogios, seus abraços... sendo que a maioria das pessoas não vêem as coisas como você.
Pois é, esperar demais não é o problema, e sim o fato de esperar.
O vento me embala mais uma vez como tantas outras ele o fez, e mostra que tudo o que mais preciso reside aqui dentro de mim. Longe de posturas alheias ou olhares. No fundo eu só precisava entender, mas creio que o entendimento não é uma resposta... e sim mais uma pergunta que gera outra pergunta dolorosa... e assim gradativamente.
Acho que nos preocupamos tanto em deixar nossa marca no mundo que esquecemos de deixar a nossa verdadeira marca em nós mesmos. Como se fosse afirmação de algo esperar alguma opinião alheia.... -mesmo porque a maioria das bocas que lhe beijam são as mesmas que escarram em ti - como disse o grande poeta.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Joana arrebentara finalmente a porta de sua jaula. Se via tão pequena diante daquelas grades que a aprisionara, mas ainda sim achava que um dia conseguiria se libertar. E o medo de encarar o que existe la fora se era tão pouco perto do mundo que ali existia?
E então ela descobriu que a porta apenas estava encostada, a chave era ela mesma.
Abrira devagar com sua asa frágil. E assim que colocou os pés e os olhos para fora encarou o grande espelho d´agua no chão o qual havia sido feito com as lágrimas de todos esses anos.
E então ela descobriu... ela era muito mas muito mais do que imaginara ser.
E tantas pessoas tentaram lhe dizer tal coisa mas ela não acreditava, pois o que via nunca correspondia ao que diziam a ela.E hoje ela começou a entender um pedaço de tudo isso. Não era apenas um pequeno pássaro como se via, e não estava em uma jaula. Era uma menina que estava presa dentro de si mesma o qual ela mesma havia se condenado aquela situação.
Nada do que acontece hoje é por causa dos outros. É única e exclusivamente por nossa culpa, afinal nossas escolhas nos levaram a tal situação. E dessa situação outras escolhas fluirão. São gotas de um oceano chamado vida.Somos o que escolhemos ser. Vivemos o que escolhemos viver quando temos o poder de escolha.Escolha sua escolha, Viva sua vida. Escolha sua vida e Viva sua escolha.
E o que você escolhe? E ela, mais uma vez, escolheu VIVER.
Lição número 1.Todos os que são grandes serão os mais bajulados assim como os mais condenados. Tudo tem um preço.