O amor cura absolutamente tudo!

 14/09/20

As estórias são as histórias disfarçadas de desventuras inimagináveis e embora seja tão sutil, as morais servem justamente para que compreendamos o sentido da vida de uma forma mais singela. Porém a morte da infância é algo que muitos batem no peito com orgulho e Gisela não sabia ao certo se estava equivocada em seu ponto de vista ou se era apenas uma de suas teorias loucas que seus pais odiavam ouvir. Ela rabiscava as paredes do seu calabouço para ver o seu jardim outrora, mas agora ela rabisca as paredes de sua liberdade em prol daquilo que acredita de todo seu coração.
Embora o mundo esteja implodindo em paradigmas e guerras sem sentido, ela segue por dentro das veredas de suas crenças usando o coração como guia em meio a tanta escuridão.
No final das contas nunca saímos da caverna querido Platão. Nós somos a caverna.
Porém Gisela sempre foi um castelo, e embora ela morasse no porão, sempre soube o caminho secreto para a torre mais alta aonde moravam seus maiores sonhos ao observar a beleza da Lua.
E ela canta para os animais da noite, pois são eles que hão de verdadeiramente compreender o sentido em tudo isso. Os espelhos se quebraram e a síntese das coisas paira no ar.
Os sussurros que eram a realidade e os gritos eram o surto.
Hoje ela sai para ver seu jardim, esperando ver como o universo há de surpreende-la.
Hoje não existem expectativas ou verdades absolutas além de que ela existe nesse mundo e que é grata por estar aqui.
Afinal Gisela acabou de nascer.