
Os cabelos caem em seus olhos e através da memória as urnas vão sendo reconstituídas de forma voraz ao ponto de nos deixar meio tontos. A escolha, como sempre rondando-nos como um inseto, deixa a marca na pele a nos lembrar que a cada passo distanciamo-nos de algo assim como nos aproximamos. Tudo sempre é possível, até mesmo o impossível. Depende sempre do ponto de vista. Tantas vezes achamos que o imposssível fosse tão distante, e hoje vivemos um impossivel que outrora jamais imaginariamos possível viver. Somos a materialização do impossível, porque crescemos e entendemos que tudo sempre muda.Nós mudamos, as coisas mudam e os impossíveis e possíveis também mudam.
É um paradigma interessante já que se for parar para analizar um não vive sem o outro.
Quando pequenos achavamos que jamais cresceriamos, embora desejassemos tanto [ uns nem tanto] e hoje, adultos, achamos que jamais poderiamos ser crianças novamente embora a cada descoberta e passo da vida as somos de uma forma tão grande que sequer notamos.
Jamais entenderemos realmente como as coisas funcionam, tudo é sempre o começo. Tudo é sempre o fim. Pois para que,afinal, as coisas possam começar é preciso que outras terminem.
São relógios pulsando de uma forma totalmente sem sincronia, alguns com uma vida útil maior, outras menores. É como se fosse uma imensa máquina, mas uma máquina tão diferente que nem ela mesma aceita o fato de ser máquina, porém vive essa natureza. A natureza é uma máquina. Nós somos a natureza.
Somos o que não somos. Essa é a maior grandeza de todos.
Alguns admitem com um sorriso tímido, outros fogem dessa realidade de uma forma tão brutal que chegam a abraçar de vez a morte quando ao que se é. Outros ainda sim são embora não sejam, são... como entender? não existe fórmula pronta para tal fato. E nem entendimento que seja totalmente moldado a forma que imaginamos.
Vivemos no momento das regras, e explicações... para tudo é preciso ter uma resposta ou ao menos encontra-la de determinada forma. Mas existem coisas que são apenas perguntas. Assim como creio que o fim do universo será uma imensa pergunta sem resposta.... bem talvez a resposta seja o silêncio.[ Acho que essa é a resposta mais verdadeira... e a mais predadora...].
Estamos encaixados de uma forma tão simétrica na métrica do caos que jamais conseguiriamos entender o papel real, já que somos meramente uma pequena peça cheia de outras mais peças, compondo outra grandiosa peça.
Cada um é um universo a parte. Com direito a Big-Bangs de idéias, supernovas de sensações, e buraco negro de memórias.
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