Pequeninos laços.
E apartir disso que uma vida toda descorre espiando atraves de laços dados por mãos alheias. Sonhos podem nascer e se desfazer como laços de um pequeno presente, laços da vida vigente. E o vento, como sempre, acaba expressando minha natureza da forma mais plana e plena: ele passa, bagunça os cabelos de quem esta ali parado, tras refresco para os dias quentes mas exaure, vai embora com todos os sonhos e receios. É passageiro, não porque ele quer, mas porque precisa ser, por ninguém entender de forma sincera sua natureza real. Ninguém entende o que é ser vento de fato, apenas sente sua essência porém não mergulha em sua complexidade por julgar algo difícil demais ou por exigir, de certa forma, mais tato do outro. Apenas de sentirem o vento, não o sentem realmente de corpo e alma. e então ele se vai. dobrando a esquina, balançando as árvores, sempre sozinho, as vezes acompanhado por pedaços de papeis rasgados, ou areias que dançam em seu sorriso sincero, mas que logo desistem de prosseguir com ele por ele ser quem ele é.
E ele arrasa quarteirões como tras vida para o deserto recomposto.
É nele que nos encontramos e nele que nos perdemos, mas só ele é quem pode enfim nutrir a falta que nos faz realmente.
E eu sou assim, a realidade voraz que poucos tem a perspicácia de mergulhar de fato. As lágrimas que eu levo são as que o vento colhe, e embora traga sorrisos, ele sempre é recheado delas.. esperanças que se põe como o por-de-sol tardio e medos que renascem ao passo que morrem a cada dia.
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